NOTA HISTÓRICO-ARTÍSTICA

De acordo com Viterbo, em 1085, Flamula, filha de Honorigo, fizera doação de tudo o que tinha à Igreja de Alquerubim. A antiga freguesia de Santa Marinha de Alquerubim era priorado da apresentação alternada do Pontífice e do Bispo conforme indica o Relatório do Pároco de 1758. Era termo da antiga vila de Paos e era sua donatária a Casa de Bragança. A Igreja Matriz de Santa Marinha é um edifício que resulta da modificação, adaptação e ampliação dum outro construído no final do séc. XVII-início do séc. XVIII. A reedificação da actual igreja foi realizada após a implantação da República, sendo inaugurado em 1915. A fachada principal e alçados da torre sineira são revestidos a azulejo de padrão a azul e branco. No seu interior, encontra-se retabulária barroca do séc. XVIII conjugada com talhas mais modernas. O curioso retábulo-mor, a branco e dourado, possui dois corpos e três tramos, a tribuna de grande vão encimada por sanefa e contendo trono. O elegante embasamento é encimado por corpo com colunas salomónicas de cor rosa colocadas em plano elevado, e que possui concepção de níveis horizontais profusamente decorados, intercalados por intercolúnios preenchidos com mísulas cobertas por sanefas, contendo imagens de Santa Marinha. O ático, policromado com marmoreados cinza, é centrado por concha sobre a sanefa que encima a tribuna, e contém representações de putti em diversas formas e posições.