NOTA HISTÓRICO-ARTÍSTICA

A igreja localizada na Ribeira de Santarém é de invocação de Santa Iria, a mártir cristã nabantina, cujo corpo, segundo a lenda, aportou a estas paragens após o seu martírio. Apesar das muitas alterações sofridas pelas campanhas do século XVIII, e posteriores, é de registar a estrutura renascentista do arco triunfal, a decoração das pilastras e das colunas toscanas e alguns testemunhos da campanha gótica, nomeadamente, ao nível da abóbada de nervuras de uma das capelas.

As paredes são forradas com silhares de azulejos do tipo tapete, azuis e amarelos, do século XVII. No batistério é possível admirar um embutido cerâmico policromo representando o Baptismo de Cristo e na sacristia existe ainda outro silhar de azulejos azuis e amarelos do século XVIII com cenas da vida mariana, distribuídas em diversos painéis. A cúpula do cruzeiro integra uma pintura decorativa, ilusionística, da autoria de António Simões Ribeiro, pintor dos tetos da Biblioteca Joanina.